Diferenciar o "meo mundinho" da realidade sempre foi um grande obstáculo. O que acontece comigo? Todos vivem pra mim. É isso? Eu sempre estou cobrando atenção, mesmo de quem não precisa, algo dentro de mim me diz que todos são meus, a partir do momento que fazem parte da minha vida, que egoísmo é esse que não me deixa dividir ninguém? É como um pássaro que mesmo livre cuida de seus filhotes. Cuidar do que se ama, medo de perder, é essa a forma mais ingênua de se pensar.
Preciso me libertar, sair desse meu mundinho trancado, onde me falta tudo, falta amor, falta ar, falta tudo. Tudo o que eu queria era voltar a sorrir, quebrar as correntes que me prendem a esse mundo. Essa dor tá me matando, essa agonia sem fim, estou morrendo aos poucos, como um vítima do cigarro. Estou morrendo, perdendo o sentido da vida, nada pelo que lutar, nada pelo que viver, nada pelo que morrer.
Agora só me resta a esperança, esperança de voltar a sorrir, esperança essa que tá morrendo junto comigo, mesmo que seja tudo o que me resta, tudo, tudo que me resta.
Estou sufocando com o desejo de ser alguém, alguém que exista, que te cative, que fique guardado na sua memória, como o " alguém que te faz sorrir".